A Campanha de Bons Tratos tem duas etapas fundamentais: Treinamento e Sensibilização Pública.

Num primeiro momento é realizado um treinamento presencial para delegados adolescentes e educadores referentes de cada grupo convidado (diversas ONG, centros educativos, grupos religiosos, associações juvenis, etc.), preferentemente na modalidade de acampamento, com uma duração de 16 a 24 horas.

O treinamento teórico-prático aborda o marco conceitual da campanha: prevenção de violência, promoção de bons tratos, comunicação assertiva, resolução não violenta de conflitos, empatia, capacidades, direitos das crianças, entre outros.

Também são realizadas oficinas de técnicas artísticas como maquiagem, clown e percussão para contribuir com as ações de sensibilização pública que os diferentes grupos realizam.

Também, recebem treinamento sobre habilidades de comunicação para a vacinação simbólica e para dialogar com os meios de comunicação. Se realiza uma experiência de vacinação piloto que é avaliada de maneira conjunta.

Se trabalha no projeto da Campanha de Bons Tratos e sobre as oportunidades de incidência pública que este espaço proporciona.

Quando os adolescentes voltam a seus grupos, apoiados pelos educadores referentes, promovem um processo de reflexão com seus pares e multiplicam o aprendido através de oficinas fundamentadas no Manual Mãos aos Bons Tratos. Adolescentes Educando e o recém publicado Direito a Bons Tratos, ambos elaborados pela equipe de Claves.


Manos al Buentrato. Adolescentes EducandoesManos aos Bons Tratos. Adolescentes Educando é um guia simples de oficinas para crianças, adolescentes e para adultos, que trata dos temas: Bons tratos e maus tratos, Resolução não violenta de conflitos e Comunicação assertiva.

Derecho al Buentrato

Direito a Bons Tratos é um manual de 10 oficinas para ser feito com crianças e adolescentes sobre os seguintes temas: Valor, capacidades, corpo, empatia, bons tratos e maus tratos. Foi publicado em novembro de 2013 graças ao apoio do Instituto Nacional de Direitos Humanos e Defensoria do Povo no Uruguai.

 

Na segunda parte da Campanha de Bons Tratos estão concentradas as ações de sensibilização e incidência públicas, fundamentadas na metodologia da vacinação simbólica.

Os adolescentes participantes, por meio de atividades criativas, chamam a atenção dos adultos e os convidam a serem vacinados contra os maus-tratos contra crianças e adolescentes e a fazer “Um trato pelos Bons Tratos”. Se o adulto deseja se comprometer com os Bons Tratos, por meio de gestos simples e cotidianos, o adolescente completa e entrega ao adulto um certificado de vacinação que inclui alguns exemplos simples de como tratar bem a crianças e adolescentes. Depois o adulto é vacinado ao receber uma bala de mel que simboliza a doçura necessária nos gestos cotidianos, e recebe um adesivo para que se lembre da mensagem da campanha. O adolescente agradece a disposição do adulto e o convida a difundir a experiência em seu entorno mais próximo.

O ambiente festivo e alegre, assim como o caráter lúdico e a expressão artística, são aspectos inseparáveis das ações de vacinação.

Cada grupo realiza atividades de vacinação em seu contexto particular e coordena ações em conjunto com outros grupos para alcançar um maior impacto. São inumeráveis as ações de sensibilização que podem ser realizadas na comunidade: armar uma tenda de promoção de bons tratos no centro da cidade como espaço de encontro entre os grupos, um ônibus de promoção de bons tratos que circule pelos bairros onde se encontram as organizações participantes, intervenções urbanas, flashmobs em lugares públicos com temáticas de bons tratos, marchas, eventos culturais e artísticos, etc.

Com relação às ações de incidência, as opções são muito variadas: lançamento oficial da campanha com a presença de autoridades e da imprensa; campanhas de vacinação especiais no parlamento e nos escritórios públicos; entrevistas em meios de comunicação; acordos de colaboração com personalidades do mundo artístico e cultural; intervenções especiais como um abraço gigante num lugar significativo (estádio, escola, etc.), entre outros.

Para terminar, é realizada una avaliação participativa com os adolescentes protagonistas do processo e com os adultos referentes.